Minhas letras trazem, como esta mesa
onde me debruço e escrevo os meus fardos
sinais de dores, cortes, esquecidos afagos
Por vezes entram nos carceres e nos seus remorsos
os destroços de sonhos alheios, e assim mantêm-se
alheias aos sonhos, atenta aos fatos.
onde me debruço e escrevo os meus fardos
sinais de dores, cortes, esquecidos afagos
Por vezes entram nos carceres e nos seus remorsos
os destroços de sonhos alheios, e assim mantêm-se
alheias aos sonhos, atenta aos fatos.
É fato que é endurecida, sem lirismo
sem contos de fadas, é monocromática
há nelas apenas o brilho cromático
de mãos franco atiradoras,
sempre armadas minhas palavras
Já não buscam luz, nem pássaros alegres
entram sempre no escondido do podre das almas
e devassa os sentimentos mais torpes
Como carcinomas atemporais revelam-se
Quando eu já não espero, elas falam
Pintam ignóbeis telas sem arte
apenas a vida crua, cheia de crueldade
Vivo numa cidade fantasma
Onde os poetas não entram
ficam sempre às margens
brincando com suas borboletas coloridas
Cristhina Rangel.
sem contos de fadas, é monocromática
há nelas apenas o brilho cromático
de mãos franco atiradoras,
sempre armadas minhas palavras
Já não buscam luz, nem pássaros alegres
entram sempre no escondido do podre das almas
e devassa os sentimentos mais torpes
Como carcinomas atemporais revelam-se
Quando eu já não espero, elas falam
Pintam ignóbeis telas sem arte
apenas a vida crua, cheia de crueldade
Vivo numa cidade fantasma
Onde os poetas não entram
ficam sempre às margens
brincando com suas borboletas coloridas
Cristhina Rangel.