Distante
Existe um véu banhando tudo
Escondendo-me as palavras
Existe um véu queimando tudo
Revelando-me as desgraças
Sei que agora posso morrer
Respirar e fernecer
Esquecer a resistir
Deixar que parta pouco a pouco a noção do que é certo
Deixe-me livre
Quero voar quando o sol nascer
Fechar meus olhos e descobrir
o quão distante irei sem você a me seguir
Sei que nada sou
Quando minhas asas se abrirem
um segredo será revelado
meus olhos se abriram para a verdade
Distante...
Como um véu que cobre tudo
Escondendo-me a verdade
Deixe-me ver seu rosto uma última vez...
Como uma orquestra de sofrimento
distante de uma civilização
Deixando que o silêncio preencha o ar
E a morte banhe o medo dos inocentes
Como uma linda canção de ninar
Feita para o amante dos meus sonhos
Sei que pode existir
Em algum coração qualquer
Um brilho até fugaz
Que incendeia com a presença
De quem um dia nada fez
No berço aquário azul
De um olhar indiferente
O respirar do amanhecer
Revela que a pureza brilha além dos mundos
Distante
Descobrindo o que se passa em mim
Novos métodos de ensino
Para aprender a te amar
Deixe-me sofrer
Engolir minha própria dor
Como uma orquestra de sentimentos
Feita para um perdedor
Deixe-me ir além do véu
Que banha a verdade com a mentira
E revela nos sonhos de um sofredor
A verdade sobre o amor
Distante...
Voarei por entre as nuvens
Em busca de um ouro qualquer
Que possa comprar o paraíso
E te entregar em um jarrinho
O sangue que verti por ti
Como o canto de um passarinho
Banhando a noite em meio ao frio
Emitindo por sobre as notas
Um lindo segredo...
Gritante e exaurido
EU SEI QUE POSSO VOAR!