Ai de mim!

Não uso ternos e nem gravatas,

Minhas roupas são velhas

Desbotadas e amassadas.

Meu tênis não conhece a água.

Meu cabelo é todo bagunçado.

A minha voz é esquisita

E me embaralho nas palavras,

E estou sendo gentil comigo.

Mas, ai de mim, dei para

Inventar poesias, de

Brincar com a agonia

E com a solidão. Também brinco

De ser poeta (inútil),

Incompreensível,

No céu ou no inferno.

Henhippe
Enviado por Henhippe em 13/02/2012
Código do texto: T3497733
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