Amante Vermelha

Amantes de sangue

Nos lábios que descem com veneno árduo

E levantam infernais desejos

Por entre o soluço do vinho errante

Os olhos do êxtase

No teu reflexo frágil de anjo

Onde corpos turvos penetram a flor negra que treme

Sobre o infinito cobiço das taças

A noite veste tuas pupilas

A serpente em tua boca de abismo reina

O dilúvio luminoso de teu silêncio urra rumores

As mãos em brasa

Fogo nu

Loucura sigilosa

Vermelha poesia

Pétalas dançantes

Na volúpia morta

Nasce a ressaca de um delírio

E teu rosto seco

Sussurra a orla da eternidade

Gotas de saudade extrema

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 13/02/2012
Código do texto: T3497556
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