SILÊNCIO II

Para Lierge

A linguagem atrai o som

pelas frestas da janela.

Mágico, o comportamento

suga os pássaros como

ímã da libertação. Só.

Silêncio!

Voam as imagens nos olhos

poucos

da alma lívida, que livre

vê pela sensação

a derrubar os muros

para a penetração dos

raios das cores no salão.

Nobre. Límpido. Só.

- Silêncio!

Fala a borboleta de cima

da sensível folha que

entrega-se ao vento da

distração.

Flor e sol. A chuva veio

e passou,

rubro voou o beija-flor

a alimentar a ilusão.

INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Enviado por INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI em 13/02/2012
Reeditado em 13/02/2012
Código do texto: T3497555