SILÊNCIO II
Para Lierge
A linguagem atrai o som
pelas frestas da janela.
Mágico, o comportamento
suga os pássaros como
ímã da libertação. Só.
Silêncio!
Voam as imagens nos olhos
poucos
da alma lívida, que livre
vê pela sensação
a derrubar os muros
para a penetração dos
raios das cores no salão.
Nobre. Límpido. Só.
- Silêncio!
Fala a borboleta de cima
da sensível folha que
entrega-se ao vento da
distração.
Flor e sol. A chuva veio
e passou,
rubro voou o beija-flor
a alimentar a ilusão.