VAZIO

Vejo meu tudo transformado em imenso vazio,

não há som, não há vozes, não há mais o canto

tantas vezes entoado por bocas inocentes,

canto de vida encantando o meu tudo reluzente.

Perdeu-se a cor, perdeu-se a forma,

as linhas onde a história era então escrita

viram-se transformadas no imensurável vazio da rotina.

É a morte que se perde no vazio da vida...

Fecham-se os olhos...

Calam-se as bocas...

O vazio dos sentidos expresso em faces loucas...

Mas a loucura também encontra seu fim

nas máscaras que renascem contrapondo-se a mim.

"..."

Só o fim encontrou parceria

e alegre celebra sua epifania

no grande vazio que em si se inicia...

*Inspirado no poema "Nada" da poetisa Sônia Ravanini Pina

Aisha
Enviado por Aisha em 17/07/2005
Reeditado em 17/07/2005
Código do texto: T34974