I
Em meio a noite lhe contei os meus segredos.
Despi mih'alma sem pudores e sem medos.
Falando tudo que do coração saía.
E o seu sorriso só me prometia amores.
Seu braço longo me afagava em calores.
Mas o seu peito era uma concha vazia.
 
                                     II
 
Em pouco tempo fui sabendo a verdade.
E o seu olhar se espelhava em maldade.
Não se importando com o tempo que vivi.
E o olhar de cada um me confessava.
O tormento pelo qual eu já passava.
E mesmo assim, tão melancólica eu sorri.
 
                                      III
 
Hoje vivo um futuro e um passado.
Pouco importa ao meu coração cansado.
O que foi ou que ainda há de ser.
Pois pretendo para sempre em minha vida.
Cauterizar muito bem essa ferida.
E no peito um novo sol fazer nascer.
 
 
Regina Madeira
Enviado por Regina Madeira em 13/02/2012
Código do texto: T3497014
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