SEMPRE VOCÊ!

Narcisando olhei-me no espelho.

Vi-me vazio e desfocado.

Era quase um estranho.

Não reconheci minhas rugas.

Arrisquei um pensamento,

Não pude raciocinar.

Minha outra metade refletida

Censurava meu pensar.

Meu olhar murchou.

Que lamentável semblante.

A face desfigurada

Realçava as agruras.

Quedei enfadado

Frente a tantas desilusões,

Debrucei sobre minhas perdas,

Num tenebroso tédio.

Busquei respostas

Para o que não perguntei.

Tentei levantar-me, renascer.

Necessitava de um ombro.

Carecia desesperadamente de você

Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 17/07/2005
Código do texto: T34962