ROTA
Eis a carta ao Universo.
Nunca escrevi assim,
O que a alma, em verso,
Com clareza, traduziu.
A mensagem é acometida
À vozes do Supremo Ser.
Por amor a ela, uma vida
Entregou-se ao renascer.
Eis a rota do meu sentido
Surdo e cego: eis uma razão!
Eis o olhar! Abraço amigo!
Eternos altares pra devoção.
O ser, em sonho, se alinha
Ao Todo na noite estrelada.
E o astro que no céu brilha
É salvação. Ou uma cilada?
© Jean-Pierre Barakat, 11.01.2004