Por falta de o amor arder
no peito, no ar, por falta de mar
ou de vontade de amar, de ser
de ter e de fazer acontecer de ser
por falta de vontade de viver
por querer morrer ainda um pouco
por ter de esquecer sempre de tudo
que afinal passa assim tão rápido
ou foi tão pouco que nem tenho mais
por falta do que não mantenho,
do que não sei, do que não penso,
do que não sinto, do que não fiz
do que não vejo, o que foi ou o que era;
eu sento sempre a tempo e escrevo
e tento dizer o que quero esquecer...
Mas não sei o que vem a ser tudo isto
nem qualquer coisa a partir disto
desses filosofismos fora de propósito;
não sei o que vem a ser todo este amor
com que não te amo mais,
por ser talvez amor demais
muito mais do que pode ser...
Na falta que o amor faz,
na falta que faz amar,
na falta que é não amar,
é que eu não te amo mais...
no peito, no ar, por falta de mar
ou de vontade de amar, de ser
de ter e de fazer acontecer de ser
por falta de vontade de viver
por querer morrer ainda um pouco
por ter de esquecer sempre de tudo
que afinal passa assim tão rápido
ou foi tão pouco que nem tenho mais
por falta do que não mantenho,
do que não sei, do que não penso,
do que não sinto, do que não fiz
do que não vejo, o que foi ou o que era;
eu sento sempre a tempo e escrevo
e tento dizer o que quero esquecer...
Mas não sei o que vem a ser tudo isto
nem qualquer coisa a partir disto
desses filosofismos fora de propósito;
não sei o que vem a ser todo este amor
com que não te amo mais,
por ser talvez amor demais
muito mais do que pode ser...
Na falta que o amor faz,
na falta que faz amar,
na falta que é não amar,
é que eu não te amo mais...