Afinal o que pensa o homem?
Entre inúmeras indagações
Ponho-me a perguntar.
O que seria esse deturpado “pensar”
Somítico formador de opiniões?
Visando lucros e poder material
Levantando grandioso capital
Na improfícua tentativa
De se encontrar a prosperidade,
Burlando a tenra moralidade
Atualmente tão furtiva.
Nos claustros interiores
De tão ínfima e débil razão.
Não se encontra a solução
Para o fim de certos horrores
Como o impacto ambiental
Fruto de ação puramente banal
Da pobre consciência humana
Da qual a supérflua ignorância
Acompanhada por certa arrogância
É provedora de atitude insana!
Também não se pode imaginar
O efeito de tão torpe ciência.
Ao compor tal contingência
De ameaças a se concretizar
Numa decorrente guerra global
Onde a ogiva destruidora e mortal
Pode enfim nos obliterar.
Mas talvez se faça um escrutínio
Fazendo o destino curvilíneo
Para a iminência de morte procrastinar!
Em paradoxo a este pensamento
Encontram-se dezenas de filosofias,
Mas no caminhar desses longos dias
Indagações surgem a todo o momento
Existe mesmo um paraíso divino?
Qual será enfim o nosso destino?
Será uma metáfora todo o nosso pensar?
Que frutos terá a sabedoria humana?
Que sonhos de sua alma emana
Para a vida no amor reverberar?