Quando a Culpa não me Pertence
O garçon queria papo,
eu só queria o que ele tinha na garrafa
e quando a porta do bar fecha
e a gente sai
a solidão parece entrar dentro da pele.
Caminho calada, querendo sumir,
nem a chave vira na fechadura
quando o tempo quer me engolir.
Talvez o garçon tivesse razão
e as ruas não fossem mesmo o melhor abrigo.
Nenhum indício, apenas esse vício de verificar os e-mails,
e as ligações recebidas
que nunca vêm.
Mas é tudo culpa dele,
o sumiço dele faz o meu mundo desaparecer também.