FENIX
Emerge das profundezes
Um novo poeta
Com novos versos
Buscando a sua identidade
Quem eu era e quem eu sou?
Não sei, não sei
Quem serei?
Isso é interrogativo
Poderei ser poema ou poesia
Tudo é novo diante de mim
Não sei se sou versos ou trovas
Sinto que sou uma mistura
Do que fui e do que virei a ser
Do que eu era e do que sou agora
Hoje o meu lado sombra
Está mais cauteloso
Agora escuto mais a razão
A pertinência de ontem
Hoje cede ao bom senso
A minha inspiração
Tornou-se seletiva e observadora
Estou aprendendo
Os meus versos fluem com significado
Se for amor, vem ternura
Se for revolta, vem o grito
Mesmo que ainda seco
Mas, sempre forte
A cada situação guio-me
Pelos meus versos interno
Eles sabem o que dizem
Comecei a descobrir o meu poeta interno
Isso se chama inspiração
Quanto mais me apodero dos meus versos
Mais vejo o quanto eu era ingênuo
Amadurecer dói!
Se reconhecer, dói mais ainda
Porém, a mudança é necessária
Cada verso é um parto
Diante disto já renasci muitas vezes
A cada verso o parto se repete
Nos versos um novo começo
Um novo poeta, uma nova poesia.