Apetite
Um objeto de estudo
Um corpo flácido
Um grito surdo
Um fértil solo
Copo vazio
Sem garantia
Galhardia mutilável
Sem valentia
Usada pela ousadia
Uma estrela-guia
Humilde luz perneta
Sussurros
Urros
Voos hipnóticos de lambreta
Caleidoscópio míope
Audiência colaborativa
Exigência pró-ativa
Pedra bruta em pó
Análise psicoativa sobre a denominação que um olhar
inflamado e sedento pode gerar
Bigodudo: -Quando lapidada se esconde melhor em meu quadrado
a ajudo, manipulo, persigo
per que mi gusta
mi gusta explorar
lamber suas entranhas...
cativa, saliva e sativa
satisfaz teu interesse
como se eu fosse um banquete
e mesmo sem reagir
esboço um sorriso de mesa de bar
(te achando engraçado por querer exprimir um ser abstrato dentro do teu formato)
você sorri de volta, bigode gozado de purpurina
na tua luxuria contempla aquilo que te intriga
e por vias que buscam endorfinas
te entrega a ambição desmedida
cai mais uma vez em modo de carência
revelo tua ausência de alma
ao permitir que tua mente pense que sou o tal objeto massa de modelar
disposto me rotular para seu bel-prazer
Desejando meu desejo
Pula com as garras afiadas
sobre tua inerte presa
e com pressa em uma mordida
abocanha o sangue da repulsa
e regozija-se, rola nas machas dos lençóis
sem sentir que meu desejo é um amor etéreo e perene, pois quem sentiria o desejo de outrem quando seus sentidos estão entorpecidos por desejos embrutecidos cheios de objetos preenchidos, hein, sr. bigodudo?