Hotel Mário Quintana

“A todos vocês, que eu amei e que eu amo

Ícones guardados num coração-caverna

Como quem num banquete ergue a taça e celebra

Repleto de versos, levanto o meu crânio.”

(Vladimir Maiakovski)

No Hotel Mário Quintana

As noites são silenciosas e leves

As madrugadas, negras e frescas

Antemanhã, visita dos passarinhos nas janelas

Não importa a geléia de amora

Nem a torrada no café matinal

Deixei de beber leite ainda jovem

E nunca gostei de cereal

Deixem-me em paz!

Não preciso de serviço de quarto

Deixem tudo onde está, só assim é que me acho

Diacho! Já lhes falei sobre o tamanho do quarto¹...

... Pode ser minúsculo, só preciso de uma escrivaninha!

Eu caibo dentro de mim mesmo² e saio cedo, só volto à tardinha

*¹.².Diálogo entre Mário Quintana e Paulo Roberto Falcão.

*Homenagem ao poeta morador de hotéis.

Marciano James
Enviado por Marciano James em 11/02/2012
Reeditado em 20/08/2013
Código do texto: T3493721
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