DIREÇÃO
Durante o dia caminho em direção ao sol.
A noite guio-me pelas estrelas.
Ao fim da tarde, o crepúsculo é minha bússola.
Na aurora, meu rumo é a luz incandescente do amanhecer.
Recobro forças.
Recarrego as fontes do meu ser e energizada sigo...
Estou no centro!
O mundo é assim:
mãos que unem e separam;
corações que pulsam e expulsam;
ondas que vão e vem;
olhos que abrem e fecham;
flores que desabrocham e recolhem;
dias que iniciam e findam;
Essa é a cadência da vida e do mundo.
Mundo círculo.
Mundo roda.
Mandala e mundo.
O mundo gira como roda.
Gira num compasso descompassado.
Frenético e lento... No vai e vem das horas.
No centro da roda formamos pares.
Lá nos encontramos:
saracoteando vivências,
experimentando órbitas,
imprimindo nossa história...
A volta às cavernas é inevitável.
Lá tudo se funde, plenifica e inicia.
O homem se encontra só.
E então se redescobre fazendo outra viagem, seguindo outra direção. Uma viagem para dentro de si em busca de unicidade.
Poema publicado no livro "Curvas & Poesia" que se encontra no
site www.contoepoesia.com.br.