DIREÇÃO

Durante o dia caminho em direção ao sol.

A noite guio-me pelas estrelas.

Ao fim da tarde, o crepúsculo é minha bússola.

Na aurora, meu rumo é a luz incandescente do amanhecer.

Recobro forças.

Recarrego as fontes do meu ser e energizada sigo...

Estou no centro!

O mundo é assim:

mãos que unem e separam;

corações que pulsam e expulsam;

ondas que vão e vem;

olhos que abrem e fecham;

flores que desabrocham e recolhem;

dias que iniciam e findam;

Essa é a cadência da vida e do mundo.

Mundo círculo.

Mundo roda.

Mandala e mundo.

O mundo gira como roda.

Gira num compasso descompassado.

Frenético e lento... No vai e vem das horas.

No centro da roda formamos pares.

Lá nos encontramos:

saracoteando vivências,

experimentando órbitas,

imprimindo nossa história...

A volta às cavernas é inevitável.

Lá tudo se funde, plenifica e inicia.

O homem se encontra só.

E então se redescobre fazendo outra viagem, seguindo outra direção. Uma viagem para dentro de si em busca de unicidade.

Poema publicado no livro "Curvas & Poesia" que se encontra no

site www.contoepoesia.com.br.

Suerdes Viana
Enviado por Suerdes Viana em 11/02/2012
Reeditado em 11/02/2012
Código do texto: T3493654
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