Elegia à vida ávida
Não fossem os excessos já vividos
Em tantos outros carnavais
Ávidos corpos estendidos
Sedentos dos pecados mais mortais
Está de partida esta alma impune
Só vexada pelo castigo do cilício
Deixa na carne a pútrida pústula
A apodrecer no meio de tanto vício
Mas, não importa sequer o triste fim
Uma vez chegada a hora do rescaldo
Mais vale a vida chorar por mim
O poeta jamais será um simples fardo