Para onde foi a poesia?

Hoje estou travada

Não consigo poetizar

Na minha cabeça não surge nada

Preciso me libertar

Não sei se é o calor

Ou porque hoje, estou irritada

Não sai poesias de amor

Nem mesmo de madrugada

Penso em palavras bonitas

Ou pessoas que me inspiram

Mas tudo me deixa aflita

Minhas ideias piram!

Nem os filmes que assisto

Fazem-me refletir

E as músicas que escuto?

Minha cabeça irá fundir!

Tento olhar para o tempo

E poesias idealizar

Mas o meu pensamento

Parece que quer parar

As palavras correm da minha mente

Insisto, persisto, mas é difícil

Vejo que surge algo e fico contente,

Mas some mais rápido que um míssil

Até mesmo a pontuação

Tem medo do meu papel

O ponto de exclamação

Não trabalha nem mesmo ‘pro’ céu

A vírgula insiste em não separar

Minhas perguntas estão sem interrogação

Não sei mais o que esperar

Estou sem saída nessa situação

O que me resta é o ponto final

E com ele irei finalizar

Reticências também é usual,

Mas deixa muito a desejar

Então finalizo

Esperando que hoje acabe depressa

Pra que amanhã me volte o juízo

E as palavras cheguem em remessa.

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Mariane Souza e Miriam Silvério
Enviado por Mariane Souza e Miriam Silvério em 11/02/2012
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