Sou um rótulo
Queria acreditar em todas as coisas
Que as pessoas contam por contar
Mas esta não é a minha história
Entre absurdos e milagres
Vou passando a dor
De mão em mão
Numa estrada de margaridas cinzentas
A máquina do sonho
Cria dias e noites
Não ame a flor
A flor não ama a ninguém
Vive para encantar
Queria acreditar em santos e demônios
Que infestam o mundo como praga
Mas esta não é a minha história
Estou largado na fantasia
Monte de banha
Esparramada no chão
O amor não é poesia
No meio das trovoadas
Deixa a madrugada fria