Muralha
Cacos espalhados entre palavras
Engenheiro de um cais-pessoa
Erige uma muralha
Assaltada pela luz nos pequenos orifícios
A pessoa-cais ancorada naquele espaço
Tão diverso dos mares por onde navegou
Perfumes de vida e de sensualidade deixados pelos ares vazam-lhe os olhos acostumados à penumbra das recordações
A saída que dá para a imensidão do passado
Ciranda de atropelos
Cai a liberdade à porta escancarada da humosa prisão