Brincando na areia
sem os mastros e as velas,
fico no caís
a ver navios de papel
meus olhos incrédulos
perseguem as gaivotas
que brincam no azul do céu
meus pés, descalços,
singram as estruturas sem medo
ou piedade
invento o vento
que sopra meus navios
na esperança de um dia poder partir