Lágrimas...
Minhas lágrimas...
Não haverá uma que se verá.
Ainda assim,
meu Eu transborda em rio,
revolto e denso,
transpondo todo seu leito.
Mas por dentro.
Por dentro...
Revolve entranhas,
sem alento,
de minhas revoltas estranhas,
enchendo meu peito.
E as lágrimas...
Parecerá que não as tenho.
Contudo, desolam-me,
partem-me ao meio.
E quando tudo perecer,
jogá-los-ei ao vento,
sem medo.