O Horizonte
O horizonte
Eu quero agora, sentir sozinho.
Um lapso forte de alforria
N’última lágrima da guilhotina
O novo fardo que em mim se cria
Veloz como a manhã cortante
Triste como a noite fria
Em curvas sonoras delirantes
Na vontade que une o dia
Cada gota eterniza o tempo
No rio interno da melancolia
Paira o passado, o não tormento.
Um toque ébrio, a ávida magia.
Eu quero agora poder mudar
Em verso a vida que não passou
Sem palavras pra te assustar
O sol já vem... Algo despertou.