Ruim de doer


"Oh musa que tais prantos recolhe,
oh cupido que meu peito incendeia,
por que para o inferno não vão,
levando a métrica que me chateia?

Deixe-me gritar meu desencantos,
sem régua, bússola ou rima decente.
Que morram afogados no mar lírico,
enganados pelas dores que ninguém sente."

Poeminha do poeta esperto,
mais um alter ego,
que falando em primeira pessoa,
ainda assim,
não fala coisa com coisa.