Como hei de
Curar-me de mim
Como hei de
Se versos comprimidos
Se entalam na minha garganta
Se líquidos remédios me repugnam
Curar-me de mim, “eis a questão”
Conflito e veneno em profusão
Curar-me de mim
É perder a liberdade de voar no verso
Sobre o mar que me sonda
E o firmamento que me ronda
Ainda mais com este luar que
De tão belo
Assombra
E me quebra as costelas