Strangers

É uma guerra.
Minha camuflagem se confunde
com as distorções de sintetizadores,
com o senso americano de estilo,
com os riscos de unhas nas paredes,
com minha identidades falsas,
espalhadas todas pelo vento.
Eu sou um sacerdote vermelho?
Eu sou um judeu incendiado?
Eu sou um índio metamorfoseado?

Sou a mutilação, contínua,
e nada é visto, enfim,
porque dos estilhaços de corpos,
se faz o sonho de uma estampa.
A mesma, digitalizada e recortada,
que visto, como foto de mim mesmo,
para desafiar a ordem natural do seu pensamento.

Oh, Pai! Por que ainda acreditam?
Esse é o nome de Cristo gravado em meu peito.
Junto aos caminhos que sempre vão dar,
num picadeiro de Hollywood.
Please, don´t rape me.