PINGUE-PONGUE
Escuto e dizes
que as raízes
são bem supremo.
Assim não temo Manso bafejo
as cicatrizes terna poesia
que um dia a vida sinto o teu beijo
pôs no meu rosto soprando lento
puro desgosto vindo no vento
-alma ferida. às horas mortas
Com tantas voltas batendo à porta
até esqueço querendo entrar
onde o começo para ficar.
da história longa
que sei me ronda Abro meus braços
triste assustada e no descompasso
querendo ser que grita agita
mas sendo nada. cedo ao desejo
Vamos em frente acolho o beijo
atrás vem gente - ele entra e fica.
o fado dita
vejo na escrita
que está impressa
por isso a pressa
que empurra e fere
marca na pele
o seu contexto
de ano bissexto
- só rebeldia.