ESPETO

Um menino

Um cachorro

A terra

Um morro

Um monte

De lixo

E mais

Bicho

No horizonte

E outro

Mais distante

Um sonho

De estrela

Uma Vela

Apagada

Talvez

E o Beco

A Viela

Sem saída

No escuro.

A labuta

A lida

A luta

A vida,

Seu moço,

Às vezes

É espeto

E aperto

É uma cerca

É um muro

Outras vezes

É um osso

Bem duro

De se roer.

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(poema inspirado no belíssimo poema DELICADEZA, de Delley, ilustrado por uma foto de um menino sertanejo e seu cão, bem ao estilo VIDAS SECAS...)

José de Castro
Enviado por José de Castro em 07/02/2012
Reeditado em 07/02/2012
Código do texto: T3484594
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