VERDADE SEM COR
Tu fingias que me amava,
E eu fingi que te amei,
Eras tu que me enganavas,
Ou fui eu que te enganei?
Amor se não verdadeiro
Sempre tem vida curta
É como o fácil dinheiro
Na mão daquele que furta
Acaba-se bem rapidinho
Do mesmo jeito que entrou
E deixa um rastro daninho
Na vida de quem o furtou
Nada tínhamos em comum
E nem conseguimos ver
Que o que agradava a um
Ao outro fazia sofrer
Mas faz parte da vivência
Brincar de fazer amor
Vale pela experiência
E não deixa marca nem dor
Assim, amigos ficamos
Sem ressentimento e rancor
Pois ao fingir que nos amamos
Afinal a nós mesmo enganamos
Com nossa verdade sem cor.