MADEIRA DE LEI
Escuta aqui,
ô Zé Mané:
bate em mulher
e apanhar não quer?
É meu dever lhe avisar:
homem que bate em mulher
um dia tem que aprender
como é “gostoso” apanhar.
Um dia também apanhei
e hoje apenas dou o troco
dos chutes, de todos os socos
que um dia eu levei.
Pra terminar essa obra,
o senhor fique sabendo
que mordida de cobra
é com seu próprio veneno
que se cura de sobra.
E tome lenha!
E tome lenha!
Não adianta gritar,
Zé Mané!
Sou madeira de lei,
Sou Maria da Penha!
E se for homem,
metido a besta,
que venha!!!
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(É claro que a situação acima é inteiramente fictícia. Sou contra todo o tipo de violência.
Fiz um pouco de caricatura. Como se fosse a “Lei de Talião”... Mas, na verdade, a Lei Maria da Penha veio para coibir a violência do homem contra a mulher, não necessariamente de forma violenta... A Maria da Penha do poema simboliza a nossa despreparada polícia que só pensa em “desancar”, espancar e prender...)
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