MADEIRA DE LEI

Escuta aqui,

ô Zé Mané:

bate em mulher

e apanhar não quer?

É meu dever lhe avisar:

homem que bate em mulher

um dia tem que aprender

como é “gostoso” apanhar.

Um dia também apanhei

e hoje apenas dou o troco

dos chutes, de todos os socos

que um dia eu levei.

Pra terminar essa obra,

o senhor fique sabendo

que mordida de cobra

é com seu próprio veneno

que se cura de sobra.

E tome lenha!

E tome lenha!

Não adianta gritar,

Zé Mané!

Sou madeira de lei,

Sou Maria da Penha!

E se for homem,

metido a besta,

que venha!!!

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(É claro que a situação acima é inteiramente fictícia. Sou contra todo o tipo de violência.

Fiz um pouco de caricatura. Como se fosse a “Lei de Talião”... Mas, na verdade, a Lei Maria da Penha veio para coibir a violência do homem contra a mulher, não necessariamente de forma violenta... A Maria da Penha do poema simboliza a nossa despreparada polícia que só pensa em “desancar”, espancar e prender...)

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José de Castro
Enviado por José de Castro em 05/02/2012
Reeditado em 05/02/2012
Código do texto: T3481016
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