NÃO SEI (poema), um POETRIX, POESIA e TROVA
NÃO SEI
Lucidez de poeta é lou_cura.
Frito estrelas, sim.
Mas com ternura.
Costuro a boca da noite
com fios de lua e de prata
que o silêncio é de ouro.
E a solidão, tesouro.
Mas perdi o mapa.
E tenho que ler os caminhos
de ouvido.
Onde as trilhas de volta?
Desses ermos, sei apenas
as vazantes minguadas de ida...
Despetalar-se em poemas
é o que faz tecer a vida.
Efêmera semente de borboleta,
às vezes colorida de escárnio,
às vezes timbrada de riso.
“E agora, o que é que eu faço?” – pergunta a rosa.
Não sei, pois o verbo é impreciso.
Calço sandálias empoeiradas de horizonte.
E atravesso pontes invisíveis.
Loucura de poeta
é lágrima adoçando o sorriso.
(para o belíssimo poema POR QUÊ?, de Rose Stteffen)
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(um poetrix)
DE GRÃO EM GRÃO
Aos papos da poesia
basta um grão de verso
a cada dia.
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POESIA
Borboleta
fugidia...
Amanhece
quando
é noite
e anoitece
quando
é dia...
tem um
riso de
tristeza
e um choro
de alegria.
(para poema de HLUNA)
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TROVA
Como pão, devoro torta,
lambo o prato e a panela.
E até mastigo porta,
se tiver cravo e canela.
(para trova de HLUNA, sobre DIETA de WRAMOSS)
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