TATI, A FLOR DESEJADA
Um dia nasceu uma flor que a denomiraram Tati
Tati como toda flor
sobressai-se entre todas as flores,
mas existiam também plantas que não
tinham o mesmo encanto de Tati
As plantas cresciam de uma forma célere
e Tati foi se sufocando
foi perdendo a sua vitalidade,
perdendo aquele brilho tão característico
das flores semelhantes a Tati, mas ela
era singular.
Não tinha igual no seu espaço
Tati mesmo com o revés, não se
deixou asfixiar por aquelas plantas,
na verdade viam-na como um ser estranho
que deveria ser extirpado do seu meio.
Tati fazia a diferença, e isso elas não
podiam suportar.
Quando a chuva caia parecia que só
queria ir ao encontro de suas raízes,
ao seu caule, as suas pétalas.
Quando o sol brilhava, os seus raios
só visavam Tati em todo o seu esplendor.
Porém, os dias passavam e os campos
verdejantes ficavam cada vez mais claudicantes
nos seus amanheceres.
As plantas conseguiram vencer o último
sustentáculo da resistência de Tati.
Tati aos poucos esvai-se em suas energias,
mesmo contando com aliados tão fortes
como o respingar das chuvas, as
energias solares,
Tati não aguentou as plantas deletérias,
que dia-a-dia se entrelaçavam entre seus
caules, suas folhas.
Essas plantas sombreavam o seu núcleo
e aos poucos
iam cobrindo o seu brio, sua singeleza
e assim, Tati foi impedida de saciar
dua sede orgânica,
como também a energia existencial.
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