TATI, A FLOR DESEJADA

Um dia nasceu uma flor que a denomiraram Tati

Tati como toda flor

sobressai-se entre todas as flores,

mas existiam também plantas que não

tinham o mesmo encanto de Tati

As plantas cresciam de uma forma célere

e Tati foi se sufocando

foi perdendo a sua vitalidade,

perdendo aquele brilho tão característico

das flores semelhantes a Tati, mas ela

era singular.

Não tinha igual no seu espaço

Tati mesmo com o revés, não se

deixou asfixiar por aquelas plantas,

na verdade viam-na como um ser estranho

que deveria ser extirpado do seu meio.

Tati fazia a diferença, e isso elas não

podiam suportar.

Quando a chuva caia parecia que só

queria ir ao encontro de suas raízes,

ao seu caule, as suas pétalas.

Quando o sol brilhava, os seus raios

só visavam Tati em todo o seu esplendor.

Porém, os dias passavam e os campos

verdejantes ficavam cada vez mais claudicantes

nos seus amanheceres.

As plantas conseguiram vencer o último

sustentáculo da resistência de Tati.

Tati aos poucos esvai-se em suas energias,

mesmo contando com aliados tão fortes

como o respingar das chuvas, as

energias solares,

Tati não aguentou as plantas deletérias,

que dia-a-dia se entrelaçavam entre seus

caules, suas folhas.

Essas plantas sombreavam o seu núcleo

e aos poucos

iam cobrindo o seu brio, sua singeleza

e assim, Tati foi impedida de saciar

dua sede orgânica,

como também a energia existencial.

s

inclemente
Enviado por inclemente em 04/02/2012
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