Devaneios Eletrolíticos
Metafísica cosmológica
Sobre o nada e mais alguma coisa
como disse sir woody allen
Vá se fuder
Levo nada na bagagem
Sem níquel e sem ideias
Truque de malandragem
Vida mansa, epopéia.
Cavalos alados
E criancinhas
Carrosséis e poesia
Vinho barato
Ahh...Nostalgia
Coelho branco, onde estás?
Se não respondes, vou me já
A chaleira esta chiando
Vou o mate preparar.
Uma estrela caiu
Um palhaço morreu
Um engravatado roubou
e eu sucumbi...e ri
Passou-se tempo infinito
O tempo que o tempo tem
Gritos! Gritos! Gritos"
Sardinhas dizendo Amém!
Sol forte
Água braba
Sentei, vendo as flores
Calei-me...
No fundo das cores
com afinco
pescavam pescadores
Sorte, Minha sorte
Perdeu-se no abismo?
Aindo acho-te...
num cacho...
E dou três pulos
E digo o nome profano
do santo que sei que não existe
Transborda sabedoria...infeliz e infantil
Mercadoria barata...
Eu não sei o que se passa
Não sei..
Nada que eu saiba parece ser o que eu sei
Troteaim cavalos sem-cabeça
Infortúnios tão alegres
Desventuras que eu adoro
Bebi em barris de carvalho
As lágrimas dos poetas malditos
Viajei por pequenas vielas
Queimei o velho documento erudito
Mastiguei todos meus medos
E meus dedos...também
Orquestei um show de Rock
Feito para ninguém
Sintomas epiléticos
Carruiras microsintéticas
Estruturas colossais
Uma casa de bonecas
Fogo...
selvageria
Caminhando entre fornalhas
Em pleno meio dia
Sentados na sala vermelha
Tapetes rubros também...
Centelhas...Centenas...abelhas
Desconcertante vai-e-vem
Rodopiava a mente
depois da forte bebida verde
Caía entre as cadeiras...
E levantava
Em direção a videira...
Sem saber onde ficava
Sua localização.
Comi os olhos dos videntes...
Todos de cores diferentes
Li velhos livros...estranhos e mudos
E fiz nada...nada e mais alguma coisa
que já me esqueci!