Transparências.
 
Das palavras transparentes
com que vestes os dias
 
Dos olhos no mar
quebrados
dos barcos. Das Glórias
Dos fados.
 
Das cidades vestidas de vento
Das noites nuas
Dos corpos opacos
 
E as bocas de areia a dizer-te
de temporais e pecados
 
Dos desertos. Das serpentes
 
Das palavras transparentes
e os decotes nos sentidos
com que cobres as manhãs.
 
 
Diana Enriquez


 

Brisa Solitaria
Enviado por Brisa Solitaria em 02/02/2012
Código do texto: T3477240
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