LIBÉLULA

A discreta brisa da noite
mal serve para emprestar movimento
às folhas da laranjeira florida.

Eu estou nesta noite.

Mantenho-me suspenso
num galho seco, como a libélula,
à espera da manhã.

A noite poderá ser longa e penosa,
como tem sido minha tentativa
de te esquecer;
como tem sido
desde que passamos a trocar
apenas silêncios.

Espero o amanhecer,
para que o sol seque minhas asas
e eu possa, afinal,
seguir meu destino
que é VOAR.
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 02/02/2012
Reeditado em 24/07/2014
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