Cansaço...

o quê fazer daquelas notas

confusas, sujas e semifusas

executadas sem êxito, ao medo,

nos seios das teclas negras?

são esses tristes porquês

a me engolirem a seco

quês desnudando incertezas

mãos e olhos vazios a esmo...

cruel, ouço outro tom menor

a ferir a alma, não aos ouvidos

um tecer gestos, escarneo em fetos

pousando na pele, tormentas...

já não me basto, cansaço,

sou de mim, meu pesadelo

meu algoz, meus incestos,

eus em ais, em cada verso...

Almma
Enviado por Almma em 02/02/2012
Reeditado em 02/02/2012
Código do texto: T3476018
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