Cansaço...
o quê fazer daquelas notas
confusas, sujas e semifusas
executadas sem êxito, ao medo,
nos seios das teclas negras?
são esses tristes porquês
a me engolirem a seco
quês desnudando incertezas
mãos e olhos vazios a esmo...
cruel, ouço outro tom menor
a ferir a alma, não aos ouvidos
um tecer gestos, escarneo em fetos
pousando na pele, tormentas...
já não me basto, cansaço,
sou de mim, meu pesadelo
meu algoz, meus incestos,
eus em ais, em cada verso...