Cassiopéia (ou o poema da delicadeza perdida)

Cassiopéia (ou o poema da delicadeza perdida)

Túneis de cores e espirais

Abertos no ventre da noite

Trinta estrelas e seu traço

definitivo

Linhas de luz-norte-infinito

(Cassiopéia em azul vestido)

Agora códigos desfeitos do paraíso

São os filhos dos deuses da pedra

E olhos em cachimbos de vidros

novas meninas, meninos

músculos tensos, versos de fogo

som de tempo-ferro-fundido

Lábios em cores frias

risos alucinados

fogos de artifícios

cospem balas de cobre

na retidão do impossível

sangram em ágata-laranja

a sentença de tudo ser permitido...

Tonho França.