SANTIDADE na ARMA
urros de chamas assombram a noite
embaixo do viaduto é possível
conhecer o fantasma
o anjo da fumaça negra espreita
mera mulher de um amor descrente
ele acaricia o vício e a tara
olhei pela fresta e vi a Justiça sem venda
piscar o olho ao vendedor de lama
como piso no jardim se o pomar é macabro?
entendemos o que é quando o que vem a ser
tira da máscara a intenção canalha
e o caminho que resta mostra a armadilha pronta
houve festa pela noite o sangue na pedra
mostra sequer é aguardado o sol
o sacerdote arrota o nome da criança
espero o Nada, nenhum cruzado porta santidade na arma
aonde quer o destino me lance
o cinismo é um lago cujos sapos gargalham fraudes
enfim, o ludibrio sabe como é o peso da pata do leão
quisera dizer a você que o vento só traz cantoria
mas o que é preciso além do começo?
só o machado é digno de ceifar o horizonte