Agrimensores do horizonte
As asas dos pássaros se aquietam
Vem a chuva e eles sabem
Olham o mar de tanta solidão
Medem o horizonte
Esperam inundados em angústia
Algo de que não entendem
As asas dos astros se fecham
Mergulham no sem endereço
Porque o motor do cosmos reconhece
Os tons e sobretons
Mesmo entre o cinza
Mesmo entre a neblina