Do âmago de minhas poesias
Às vezes tirar forças da tristeza cansa,
mas não esmoreço, não me dou por vencida,
após o temporal a minh'alma se amansa,
renovo a esperança e me fortaleço pra vida
Pela frente vejo ladrilhos cobertos de espinhos
e descalça indisponho de qualquer proteção,
mas sei que não estou sozinha em meus passos,
há sempre alguém pra me estender a mão
Acostumada com as pedras no caminho,
desfaço os pesadelos pra poder sonhar,
reencontro-me no som dos majestosos violinos
e mais uma vez retiro os pés do chão e volto a voar...
Não me deixarei destruir por me atirares
as pedras que achas por onde passas,
não retribuirei as maledicências soltas nos ares,
meu poema guardo para os sedentos de palavras!
Aos que amam as letras e se entregam à elas,
que choram, que riem, que fabricam sonhos,
aos que escrevem pintando lindas telas,
fazendo o mundo girar, pois são muitos, somos tantos.
Guardo minhas poesias àqueles que vêem o sol como um broche estampado no peito do céu
Guardo minhas poesias aos que degustam como a uma gostosa torta de chocolate
Aos que se lambuzam como quem come uma deliciosa manga
Aos que tem sensibilidade e desvendam o que há sob o véu
Aos que se permitem envelhecer, mas não suas mentes
Aos que se libertam de preconceitos e sabem flutuar
Escrevo poesias àqueles que, assim como eu, bebem mares, posto que têm sede!
David Garrett-Summer - From The Four Seasons (Vivaldi)
http://www.youtube.com/watch?v=F3OVQPjk7nE&feature=related
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