Correntes...

há névoas

nesse peso

das asas

onde o sol

se põe e meus pés

com ele, arrasta

há fissuras, minhas,

nas curvas do tempo

um cansaço e espera

onde, queimo

e gemo, um nunca

que é sempre

há o círculo

seviciado, a gozar

de minhas, pústulas

onde a carne

da palavra, é caça,

e da dor, sou escrava....

AnnaSelva

Maravilhosa interação da Nina:

Fortes em névoa

Disfarçados

De afetos

De sonhos

De ilusão

Atam ao pé da cama

Prendem os pés no chão

Quebram as asas

Ferem a fronte

Dilaceram a força do perdão

Roem a alma

Cativa e maculada/ E em fissuras

No pobre coração

Ruptura de antigas verdades

Escondidas

(Pres)Sentidas

Desejadas

Pra libertar

Os sonhos e a paixão...

Cai por terra

Com asas camufladas,

Arrastando as correntes pelo chão/

Se devoram a sede dos poetas

Transformando em pranto a emoção

Vai arrasta pro peito escravocrata

As correntes no sótão da ilusão

Se aliena nas grades de sua prisão

Coração sem carinho

E sem razão...

Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 02/02/2012

Anna Selva
Enviado por Anna Selva em 31/01/2012
Reeditado em 02/02/2012
Código do texto: T3472482
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