Refazendo

Eu não juntei riquezas... Nenhumas.

Não tenho nada,

Além das peças que vejo quando abro o meu armário.

E nem são tantas assim.

Se penso no "amanhã"?... Sim.

Mas importo-me mais com o que vou dizer...

Basta-me que seja verdade.

Nem com o que vou fazer...

Com o que vou plantar e arrancar - Hoje.

Descobri que o meu amanhã é fruto do meu hoje.

Descobri que minhas maiores riquezas

São os meus filhos saudáveis.

Descobri que tenho que ser feliz - Hoje.

Amanhã? ... Amanhã penso nisso.

Eu já quis demais e já andei demais...

E chorei demais prantos de lençól branco

E molhei lençóis coloridos... Manchou-me inteira!

Alguns ainda olham-me de "canto"...

Alguns dizem que eu enlouqueci.

Hoje choro apenas quando eu leio um Poema de Amores,

Quando vejo um animalzinho a sofrer,

Ou quando escuto ou leio palavras ternas à mim.

Ou ainda quando um carinho enorme chega-me.

É, geralmente, de onde nunca esperei eu.

As nossas maiores riquezas são as sementes do Criador.

No nosso cotidiano presenteado em gentilezas...

Bem, se não tenho juízo?...

Eu imagino que tenho.

Só gosto mesmo de exercitar existir leve e livre.

Leve... Como pluminha de passarinho.

Livre... Como pluminha de passarinho - ao vento.

E gosto muito de sorrisos: Todos francos.

... E de borboletas.

Karla Mello

Janeiro/2012

Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 31/01/2012
Reeditado em 14/01/2015
Código do texto: T3472386
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