Esfíngica
Acaso queiras devora-me,
Estrangula o que resta do ser
És puro o ardor do obscuro
A ruptura do inócuo viver.
Tácito langor fremente,
Do que belo espero um dia
Uma faúlha, tão-somente,
Tão quimérica que inebria.
Não te guardo um sentimento,
Mas, te digo em vão tormento
Que o desejo me crucia.
Não lhe altivo em um altar,
Mas, te digo em meu versar;
- Que te decifro todo o dia -
Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2012.