CONSCIENTEMENTE
Não me venha dizer que tem que ir embora,
Se há tempo mostra-me que já se foi,
Minha alma tola iludida ainda o namora
E a ilusão sempre nos repetecos de oi... oi... oi...
Não me venha dizer que tem de ir embora,
Que está cansado de todos e de tudo,
Se há tempos no meu charme você escora
Fechando os olhos num respirar profundo.
Dou-lhe carta branca mesma sofrendo,
Não quero mais sonhar com os pés no chão;
Conscientemente ao seu lado estou morrendo,
Levando comigo o meu enfermo coração.
DIONÉA FRAGOSO