UM POEMA OITO POR OITO

1.

Sou poeta

Do nada

De brisa

De orvalho

De vento

Madrugada

Sereno

Relento

2.

Às vezes

Sou lua

Às vezes

Sou flor

As vezes

Estrela

De amor

Tão carente

3.

Beco de rua

Vertente

Às vezes

Somente

Um traço

Um risco

Corisco

Relampo

4.

Um grito

De fogo

Metralha

Fagulha

E palha

Agulha

De prata

Migalha

5.

Piado

de ave

Na mata

Cachoeira

Espuma

Cascata

Cabelo

De milho

6.

E trigo

Vidrilho

Espuma

Canoa

Coração

Lagoa

E barco

E canção

7.

E flecha

E arco

E linha

De horizonte

Solidão

E Silêncio

E pingo

De nuvem

8.

E pingo

De gente

Poema

Sorrindo

Dormindo

E sonhando

Um verso

Silente.

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HLUNA

No verso

que cantas

eu vejo

a graça

da vida

que passa

depressa

- fumaça.

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UM VERSINHO DE AGRADECIMENTO

Helena,

poeta é poeta,

e você é demais...

Inspiração, leveza,

vento que passa,

e o que mais?

Beleza transluzindo

nos cristais...

(José de Castro)

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HLUNA

E agora, José?

Sem hora

Sem tempo

Voo com o vento

Sem ais

e sem mais.

Me faltam

Cristais.

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Helena,

já é hora

de encerrar

esses que tais,

dizendo-lhe apenas:

JAMAIS!!!

(José de Castro... fim de papo)

Em dueto de poeta

só estrela põe colher...

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José de Castro
Enviado por José de Castro em 29/01/2012
Reeditado em 26/03/2013
Código do texto: T3467938
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