ARANHA NEGRA
Comemos em pratos lascados
O podre caviar do engodo,
Servido por satânicos garçons
Saídos do lixo da vida,
A cada quatro anos da história,
Com o fito de envenenar
As entranhas da nação.
Depois debilitada, quase a morte,
É fácil de ser comandada
Pelos piratas de outros mares
Que saqueiam o tesouro,
Deixando-a falida, exangue,
Com o gentio desorientado.
Sem trabalho e com muita fome
Transformam-se em presas fáceis
Da temida aranha negra
Da marginalidade que impera.