Aqui deste lado da alma
Morre-se aqui deste lado da alma
Qual vento, que vai perdendo o querer
Até se tornar numa brisa calma
E morrer aos pés, de um monte qualquer!
Morre-se na margem de cá deste mar,
Onde as lágrimas são apenas distância
E as ondas, num moribundo ondular,
Afogam, este lado da alma, em ânsia!
Morre-se, escondida atrás de desejos,
Chama-se por abraços e doces beijos
E toda a paixão tomba derramada!
Morre-se na sombra efémera deste amor
E eu, sentindo te sinto, vá até onde for!
Morre-se, porque tudo isto é nada!