Zavlada na zemlji

A tarde é inquieta

Todas as pessoas dormem

Meu sonho insincero

As filas e as placas

Na esquina do enigma

Moro em luz apagada e calma

Os castelos perderam o viço

As janelas escancaradas

Se me entrego de corpo inteiro

É porque me roubaram a alma

Tenho medo e não insisto

Luz que se morre num beijo

Dá-me o fogo desse rio

Ou não me instiga o desejo

O castelo dos cegos da pedra

A estrela insana da morte

Arrebatando com sopro tão forte

As migalhas do tempo que me trouxeram tal sorte

Que louca não pedi para parar

E a dor maltratou-me o corpo

Curada, que seja! oh, alma

Se tua energia pode mudar

Com afinco chama tua inspiração

E vomita as idéias que doem o estômago

Grande poeta das coisas quimeras

Forte sopro do seu vento oeste

Chama forte da fonte de cedro

Das violetas que observam estrelas sete