Abrigo
És tu a ilha do meu naufrágio,
Areal dos meus tumultos...
Onde o mar me entrega,
Pedaço após pedaço,
Sentimento após sentimento,
Até me entregar,
Como um todo absoluto!
Reclino então a minha cabeça,
No peito doce que me aguarda
E escuto um coração que me ama!
Volto a abraçar as folhas das palmeiras,
Que acarinham, este corsário teu,
Paixão imensa, que o mar te deu,
Afago suave, das tuas canseiras...
És ilha, que o mar uniu comigo,
Do meu naufrágio, és doce abrigo!