Nunca quis ser teleférico
Caberia em um frasco pequeno toda a saudade que ela sentia
mas segundo as suas palavras nen mesmo essa cidade à abrigaria
Ela sabe o segredo das luzes no céu mas prefere explica-las usando metáforas
e quando questionada "qual o gosto do mel?" esnobou em sorriso e nada disse.
Nunca quis ser teleférico, com suas vias já definidas e seu destino imutável
em teu solo alastrava-se a necessidade do perigo, o alento em transgredir tudo que há
Saciava-se por alguns instantes e depois respirava o forjado ar do descaso
suas glândulas lacrimais eram dispensáveis
Sonetos lhe foram escritos, seu nome adornou refrões
era até perceptível um notável entusiasmo antes do fatal olvidar
o que pra alguns ja cabiam como consolo, para outros...é, esses lhe davam as costas revoltos